A Justiça Eleitoral preparou uma força-tarefa, envolvendo os cartórios eleitorais em Mato Grosso, para uma grande mobilização pelo cadastramento biométrico de eleitores no estado. Os mutirões eleitorais funcionarão simultaneamente para oferecer atendimento em escolas públicas, faculdades, supermercados, panificadoras, centros de saúde, câmaras municipais, Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), postos e cartórios eleitorais, e até coleta domiciliar. As atividades serão realizadas em vários municípios do Estado, nos dias 14 e/ou 15 de novembro, em todas as 57 Zonas Eleitorais, em todas as regiões de Mato Grosso.

Denominada Dia “E” – em alusão à palavra Eleitoral – a ação é uma estratégia, coordenada pela Corregedoria Regional Eleitoral de Mato Grosso (CRE-MT), para alcançar um público de 233.880 eleitores e eleitoras que não fizeram a Biometria até o momento, o correspondente a 9,2%. No Estado, 90,8% do eleitorado já fez a coleta biométrica, o equivalente a 2.309.497, dentro de um universo de 2.541.377 pessoas aptas a votar. A iniciativa integra o plano de ação da campanha “Biometria 100%”, que tem como meta alcançar 98% de cobertura biométrica no estado ainda em 2025. 

Embora o primeiro turno das eleições gerais de 2026 aconteça apenas em 4 de outubro do próximo ano, as eleitoras e os eleitores têm até 6 de maio, data do fechamento do cadastro eleitoral, para solicitar a emissão da primeira via do Título, a transferência de domicílio eleitoral, a atualização de dados e o cadastramento biométrico. Por isso, essa estratégia de uma ampla mobilização estadual é vista como uma oportunidade para o eleitorado não só fazer a biometria, mas também colocar a situação eleitoral em dia. 

“O Dia “E” representa um esforço monumental e coletivo que demonstra o compromisso da Justiça Eleitoral com uma eleição transparente, rápida, segura e confiável. Temos ainda muitos eleitores sem biometria, apesar dos esforços dos nossos servidores. Como ninguém faz nada sozinho, temos parcerias importantes com prefeituras municipais, órgãos do Poder Executivo Estadual e outras instituições para oportunizar o cadastramento biométrico”, destaca Marcos Machado. 

A Justiça Eleitoral levará aos mutirões do Dia “E” toda a estrutura necessária para garantir conforto e comodidade, em número de servidores e kits biométricos. Cada kit é composto por computador portátil, scanner para coleta da biometria, câmera digital, pad para assinatura e case para transporte e ambientação dos equipamentos, padronizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Araguainha (a 469,8 km de Cuiabá) foi o primeiro município brasileiro a alcançar 100% de cadastramento biométrico no país. Outros 10 municípios mato-grossenses alcançaram a meta de 98% estabelecida pela campanha Biometria 100%: Ponte Branca, Vale de São Domingos, Indiavaí, Planalto da Serra, Ribeirãozinho, Torixoréu, Araguaiana, Alto Araguaia, Jangada e Itanhangá. 

Outros 12 municípios estão a menos de 1% de atingir a marca estabelecida. No estado, o município com o menor índice de cobertura biométrica é Confresa (a 1.027 km da Capital). Com 24.054 pessoas aptas a votar no município, ele tem apenas 51,03% de biometria, o correspondente a 12.272 eleitores e eleitoras. Enquanto isso, a Justiça Eleitoral procura um eleitorado de 11.778 (48,97%) das pessoas sem biometria. 

Na sexta-feira (14), haverá ações relativas ao Dia “E” nos seguintes municípios: Acorizal, Arenápolis, Aripuanã, Bom Jesus do Araguaia, Campinápolis, Canarana, Carlinda, Confresa, Denise, Dom Aquino, Cáceres, Campos de Júlio, Cláudia, Colíder, Cuiabá, Diamantino, General Carneiro, Juína, Juscimeira, Marcelândia, Nobres, Nova Mutum, Nova Nazaré, Novo Santo Antônio, Paranatinga, Peixoto de Azevedo, Poconé, Pontes e Lacerda, Poxoréu, Primavera do Leste, São Pedro da Cipa, Sapezal, Santo Antônio de Leverger, São José do Povo, Sinop, Tangará da Serra, Tapurah, Tesouro, Várzea Grande e Vila Bela da Santíssima Trindade. 

Já no sábado, feriado da Proclamação da República (15), os mutirões serão nos municípios de Água Boa, Alto Araguaia, Arenápolis, Aripuanã, Bom Jesus do Araguaia, Barra do Garças, Cáceres, Campinápolis, Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio, Carlinda, Cláudia, Colíder, Confresa, Cotriguaçu, Cuiabá, Denise, Dom Aquino, Diamantino, Juara, Juína, Juscimeira, Lucas do Rio Verde, Marcelândia, Nobres, Nova Mutum, Novo Santo Antônio, Paranatinga, Peixoto de Azevedo, Poconé, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião, Poxoréu, Primavera do Leste, São José do Povo, Ribeirão Cascalheira, Rondonópolis, São José do Rio Claro, Santo Antônio de Leverger, Sapezal, Sinop, Tangará da Serra, Tesouro, Várzea Grande, Vera, Vila Bela da Santíssima Trindade e Vila Rica. 

Consulte o cartório ou posto eleitoral mais próximo de sua casa. 

Atendimento 

Para ser atendido, basta apresentar um documento oficial com foto, físico ou digital. No mutirão, o eleitor ou a eleitora sai com o título em mãos e recebe orientação para baixar o título digital (com foto) por meio do aplicativo e-Título. Em casos de transferência ou mudança de domicílio, é necessário apresentar um comprovante de endereço. Qualquer eleitor ou eleitora pode ser atendido em mutirões ou ações da Justiça Eleitoral em qualquer parte de Mato Grosso — não é necessário votar no local ou residir na cidade onde a ação é realizada. 

Biometria 

A biometria é um processo de identificação por meio das impressões digitais, coletadas e armazenadas pela Justiça Eleitoral. É pessoal e intransferível, garantindo que cada eleitor vote apenas uma vez e evitando que alguém se passe por outra pessoa no momento da votação. 

A biometria eleitoral representa um avanço tecnológico que fortalece a segurança e a inclusão no processo de votação. Ela impede a duplicidade no cadastro, assegura a autenticidade do eleitor, garante agilidade na identificação, reduz filas, otimiza o tempo de votação, promove acessibilidade e aumenta a confiabilidade dos resultados das eleições. 

Jornalista: Anderson Pinho 

#PraTodosVerem - A imagem captura um momento de atendimento durante um mutirão de cadastramento. Em primeiro plano, um homem, que parece ser um servidor ou atendente, está inclinado sobre uma mesa vermelha, segurando e operando um pequeno scanner para coletar a digital de uma indígena idosa que está sentada. Sobre a mesa, há um notebook, alguns documentos (incluindo notas de dinheiro e cartões), um mouse e, no canto direito, uma impressora multifuncional grande. No fundo, em uma sala com paredes simples e elementos de decoração infantil (como números e formas geométricas), outros indígenas aguardam o atendimento, reforçando o contexto de uma ação comunitária ou itinerante.