O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) comemorou seus 86 anos de existência com a entrega de honrarias ao mérito eleitoral às pessoas que contribuíram com a Justiça Eleitoral de Mato Grosso. O evento foi realizado no Plenário nesta quarta-feira (14.11).  Foram conferidos Colares, Medalhas, e Broches de Mérito Eleitoral, além de Diplomas de Honra.   

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Com 39 anos de serviços prestados ao TRE-MT, o servidor João Carlos Rocha foi um dos homenageados. “Eu sempre busquei servir ao meu país, foram anos dedicados à Justiça Eleitoral e a manutenção da democracia, a liberdade das pessoas escolherem seus governantes. Espero que as próximas gerações de servidores continuem com esta dedicação. Agradeço muito a esta honraria”. 

Para o presidente do TRE, desembargador Marcio Vidal, esta é uma forma de agradecer as pessoas que fazem as eleições em Mato Grosso. “Não temos formas de homenagear a todos que trabalham nas eleições. Neste pleito de 2018 tivemos cerca de 45 mil pessoas trabalhando para garantir a vontade popular em nosso Estado. Entregamos estas homenagens como forma de valorizar a todos, de mostrar que a Instituição os enxerga e agradece pelos seus esforços”.

  Com 23 anos dedicados a Justiça Eleitoral, Amer Khalil Okde, destacou sua motivação pessoal quando buscou fazer parte do tribunal. “Quando eu entrei no TRE-MT foi com o sonho de ajudar na verdadeira justiça eleitoral para o país, para democracia e para todos os brasileiros. Receber esta homenagem nos faz pensar que estamos no caminho certo”.

 O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso foi fundado em 11 de novembro de 1932. As homenagens ainda foram feitas para instituições que colaboraram com o TRE-MT ao longo de sua história.

Matéria Daniel Dino

Assessoria TRE-MT 

Confira abaixo o discurso do presidente do TRE-MT, desembargador Marcio Vidal, durante a cerimônia:

Meus cumprimentos iniciais a todas as autoridades aqui presentes ou representadas, aos colegas magistrados, membros do Pleno deste Tribunal, servidores de ontem e de hoje, enfim, a todos que aqui vieram prestigiar este momento especial de honraria, aqueles que contribuíram e contribuem para a vivência desta instituição, que no último dia 11 de novembro, em plena primavera, completou 86 anos de história, todos vocês tiveram participação para que houvesse o hoje. 

A Justiça Eleitoral, nesses anos, com as ações humanas de servidores e da própria sociedade, no seu mister de guardiã, indormida e consagrada, do processo democrático, garantiu a vontade soberana do cidadão-eleitor, dentro da legalidade e das normas que regem o exercício da cidadania. Em algum momento da vida nos deparamos em reconhecer os méritos daqueles que se doaram para uma causa maior, cuja beneficiária é a própria sociedade.

 Todo mundo tem seu mérito. Porém a vida trata de reconhecer alguns méritos e, também prestar honrarias. Platão dizia na Republica que: “A mais grave das injustiça é não ser justo e, todavia, parecê-lo.” De fato, ordens de Comendas, medalha, colares, cordões, diplomas, graus, faixas, títulos, etc, são honrarias presentes na história da humanidade.

Com isso este Tribunal quando comemora seus 86 anos de instalação não poderia omitir em prestar homenagem aqueles que por anos dedicaram com esmero a Justiça Eleitoral. Todas e todos recebam meus melhores agradecimentos pela atuação atenta, dedicada, zelosa e pela colaboração permanente, solícita e altruísta, pois são atores principais da história desta Justiça Especializada. É certo que a realidade de hoje não é mais a mesma de 86 anos atrás, quando da sua instalação. No transcorrer da história da humanidade, têm-se vivido tempos de certezas e dogmas e tempos de dúvidas e buscas. Atualmente se vive este último, diante de tantas descobertas. 

Por isso, necessária a criação de uma cultura de confiança e transparência, que exige, no seu reverso uma capacidade criativa de mecanismos eficazes, alimentador da triangulação entre a cidadania, a política e a democracia é uma boa trilha a ser seguida. No atual estágio da civilização humana, Cidadania assume contornos mais amplos, que extrapolam o sentido de apenas atender às necessidades políticas e sociais, e assume, como objetivo, a busca por condições que garantam uma vida digna aos seres humanos.   

Devemos ter olhares para o desenvolvimento de condições físicas, psíquicas, cognitivas, ideológicas, científicas e culturais que com certeza influenciará na conquista de uma vida digna e saudável para todas as pessoas. É uma tarefa complexa, a qual a Justiça Eleitoral não se deve desencorajar, pois sua clientela são os cidadãos-eleitores. Indivíduos dotados de habilidade e competência, capazes e capacitados para lidar e conviver com a diversidade e o conflito de ideias, as influências da cultura, os sentimentos e emoções presentes nas relações do sujeito consigo mesmo e com o mundo à sua volta. 

Finalizo com palavras de meu pai, José Vidal, que esteve prestando serviço na Justiça Eleitoral por quase uma década: “O arrojo e a fé andaram sempre de mãos dadas com o bandeirante. Que a fé na justiça e a ousadia de buscar o melhor –    independentemente das dificuldades –  impulsionem-nos a todos!”

Nossos melhores agradecimentos pela atenção e pela paciência.