Memorial: da cédula de papel ao voto eletrônico

Memorial do Tribunal Regional de MT

Pelouros, urnas de metal, de madeira e de lona utilizadas em eleições do século passado, o primeiro protótipo da urna eletrônica e uma série de registros fotográficos que contam a história da Justiça Eleitoral mato-grossense e, consequentemente, da democracia em nossas terras. Relíquias como estas podem ser encontradas no Memorial da Justiça Eleitoral, situado na Casa da Democracia - prédio anexo ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT). O espaço fica aberto ao público em dias úteis, das 07:30 às 13:30hs.

O memorial foi inaugurado em março de 2011, mas a proposta de preservar a história do processo eleitoral começou a ser construída em meados de 2008, com o projeto de recuperação e organização do acervo documental e histórico. “A ideia de construir o memorial surgiu porque o TRE-MT tem uma das mais belas histórias a serem contadas”, explicou Nilson Bezerra, servidor do TRE e um dos idealizadores da construção do memorial.

Entre os destaques do memorial está a ‘Máquina de Votar’, como era chamada o primeiro protótipo da urna eletrônica desenvolvido pelo TRE-MT, o qual segundo a historiadora da Universidade Federal de Mato Grosso, Elizabeth Madureira, foi criado por um ex-servidor do TRE-MT, Luiz Roberto da Fonseca.

Luiz Roberto integrou a ‘Comissão de Notáveis’, criada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para desenvolver a urna eletrônica que conhecemos hoje.  Apesar do mérito, de acordo com a historiadora Elizabeth Siqueira, o servidor não quis patentear a criação da urna eletrônica em seu nome.

A informatização é um marco na história do TRE-MT. “O TSE reuniu protótipos (ideias) dos tribunais de Mato Grosso, Santa Catarina e Minas Gerais para chegar à urna eletrônica atual. Mato Grosso teve um importante papel neste processo. Apenas 10 pessoas integraram esta comissão do TSE e Mato Grosso estava presente”, explicou Nilson Bezerra.

A criação do memorial leva para o público a possibilidade de conhecer a fundo a história da Justiça Eleitoral, que se confunde com a própria história de Mato Grosso. O acesso é livre para toda a população e tem atraído muitas escolas da região que pretendem oferecer aos alunos uma aula de história interativa e diferente.  “Queremos mostrar aos nossos alunos que na busca pela democracia plena, a urna eletrônica surgiu para combater a corrupção e minimizar as possibilidades de fraude, na busca incessante pela verdade eleitoral”, ponderou Nilson Bezerra.

Para a seleção do acervo foi contratada a historiadora da UFMT, professora Elizabeth Madureira Siqueira, realizou um amplo trabalho de pesquisa abrangendo todo o processo histórico da trajetória da Justiça Eleitoral de Mato Grosso, que deu subsídio para seleção do acervo e permitiu a publicação do livro “Evolução Histórica da Justiça Eleitoral Mato-Grossense: 1932-2012”, disponível para download no endereço eletrônico: http://apps2.tre-mt.jus.br/memorial_portal/publicacoes/Evolucao_Historica_TRE-MT.pdf.

Já a construção do espaço, que se baseou na pesquisa histórica realizada pela professora da UFMT foi ambientada pelo renomado arquiteto e museólogo Júlio Abe Wakahara, um dos mais importantes profissionais do país para a elaboração e execução de projetos museológicos, museográficos e culturais, que tem entre suas obras o Museu do Imigrante e o Museu do Penitenciário Paulista (Carandiru).

O memorial do TRE-MT é um local cheio de histórias para contar. O melhor mesmo é fazer uma visita à Casa da Democracia para conferir de perto o acervo. Mas também é possível fazer um passeio virtual pela história da democracia em Mato Grosso pelo link: http://apps2.tre-mt.jus.br/memorial_portal/

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