Homenagem póstuma: auditório do TRE recebe o nome de Desembargador Onésimo Nunes Rocha

familiares e amigos do desembargador Onésimo compareceram à solenidade e, emocionados, agradeceram a Justiça Eleitoral pela homenagem póstuma

Desembargador Onésimo Nunes Rocha
esposa do homenageado, Zelinda Farias Nunes Rocha agradecendo a todos

O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso realizou nesta sexta-feira (08/02), a solenidade de denominação do auditório - situado na Casa da Democracia, o qual foi denominado de Desembargador Onésimo Nunes Rocha. Familiares e amigos do desembargador Onésimo compareceram à solenidade e, emocionados, agradeceram a Justiça Eleitoral pela homenagem póstuma.

  “A Justiça Eleitoral não poderia deixar de reconhecer o relevante trabalho que prestou e o que representou para essa Instituição, a pessoa do desembargador Onésimo Nunes Rocha. A sua vasta biografia demonstra sua importância para a magistratura mato-grossense e notadamente, para a eleitoral - criada em 1932. Onésimo deixou sua marca indelével. O Pleno deste Tribunal com sabedoria e sensibilidade aprovou esta denominação e assim, prestou uma justa homenagem póstuma ao grande magistrado que Onésimo foi e que é para cada um de nós”, ressaltou o presidente do TRE, desembargador Márcio Vidal.

 Muito emocionada, a esposa do homenageado, Zelinda Farias Nunes Rocha agradeceu a todos os familiares e amigos pela presença e ao TRE pela homenagem. “Primeiro agradeço ao Senhor (Deus). Depois ao desembargador Márcio Vidal por ter idealizado a homenagem e ao Pleno do Tribunal, por aprovar a denominação. De toda forma quero agradecer ao Onésimo, que durante 58 anos de casamento conseguiu manter um relacionamento apaixonado. A palavra é o coração que fala. A palavra de ordem é de gratidão. Sou de muita oração e busco no Senhor e na força desse amor verdadeiro para me manter de pé e ir adiante. Continuo fazendo todas as atividades que fazia com ele. Nossa união foi marcada pelo companheirismo e compartilhamento, nas lutas e nas alegrias e pela empatia, uma conexão de interesses que apoia, sente e percebe o que o outro está sentindo e assim, caminhamos. Ele era uma pessoa simples, íntegra, justa e cheio de amor e sabia conviver com qualquer pessoa. Ele era apaixonado pelos filhos. Muito obrigada”.

 

HISTÓRICO

O desembargador Onésimo Nunes Rocha nasceu em 15 de junho de 1930, em Poxoréo-MT, filho de José Nunes de Aguiar e de Ana Rocha Nunes.

 Iniciou os estudos na sua terra natal, cursando da 1ª à 4ª série no Externato São José. Em Cuiabá, da 5ª à 8ª série estudou no Liceu Salesiano São Gonçalo. O nível médio, cursou no conceituado Colégio Estadual Presidente Rooselvelt, na cidade de São Paulo, onde fez o “curso clássico”, aprendeu a língua latina e nela se destacou.

 Trabalhou na Sul América Seguros, na capital paulista, onde foi sendo promovido até receber o convite para ser superintendente dessa empresa em Mato Grosso, ao tempo em que ela ainda não se havia instalado neste Estado. Recusou o cargo e o retorno à terra natal, pois tinha o sonho e o ideal de estudar direito. Anos após, optou por cursar direito na faculdade de direito da Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, cidade onde se bacharelou na última turma da então capital do Brasil, em 1959.

 Seu percurso profissional teve início em 1960 como advogado em Mato Grosso. Casou-se com Zelinda, na primavera de 1961.

 Na área jurisdicional mediante aprovação em concurso público, assumiu o cargo de juiz de direito. O desembargador Onésimo iniciou a magistratura em 18 de outubro de 1965, quando Mato Grosso ainda não era separado do vizinho do Sul. Ele atuou nas comarcas de Poxoréo, Aquidauana e, depois, Três Lagoas, quando lhe foi dada a oportunidade de escolher, em sua promoção, entre Campo Grande, Corumbá e Cuiabá, que eram comarcas especiais à época. Escolheu Cuiabá, aqui chegando em 24 de agosto de 1976, um ano, aproximadamente, antes da divisão do Estado.

 Assumiu como juiz do antigo juizado especial de pequenas causas, sendo que também atuou em Cuiabá como Juiz da Vara de Menores e Vara Criminal. Como juiz eleitoral, atuou na apuração das eleições de toda “baixada cuiabana” no escrutínio das urnas de cédula em papel. Em outubro de 1979, foi promovido a desembargador.

 Na justiça eleitoral, antes de presidir o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, foi juiz eleitoral e, nesta Corte, juiz-membro substituto e juiz-membro titular do Pleno. Na condição de presidente, eleito em 27 de agosto de 1980, priorizou a estruturação da Justiça Eleitoral, conseguindo, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, ampliar o orçamento deste TRE, o que propiciou a aquisição de veículos e o aumento do quadro de pessoal.

 Foi reconduzido à presidência do TRE em 20 de agosto de 1982, cargo em que atuou até 23 de fevereiro de 1983.

 Foi eleito corregedor-geral de justiça de Mato Grosso para o biênio 1989/1990 e vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso entre 1993/1995. Se aposentou aos 66 anos, tendo completos 36 anos de magistratura.

 Onésimo faleceu em 26 de setembro de 2018, deixando saudosos sua esposa Zelinda, seus filhos Naume Denise, Silvia Mônica e Onésimo Filho, os genros Ricardo e César, a nora Mirele e os netos Denise, Juliana, Ricardo, Felipe e Davi, e os bisnetos Patrícia Naume, Isadora Anita e Álvaro.

 

Jornalista: Andréa Martins Oliveira


 

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